terça-feira, 27 de abril de 2010

TENGO MIEDO A PERDER LA MARAVILLA


Tengo miedo a perder la maravilla
de tus ojos de estatua, y el acento
que de noche me pone en la mejilla
la solitaria rosa de tu aliento.

Tengo pena de ser en esta orilla
tronco sin ramas; y lo que más siento
es no tener la flor, pulpa o arcilla,
para el gusano de mi sufrimiento.

Si tú eres el tesoro oculto mío,
si eres mi cruz y mi dolor mojado,
si soy el perro de tu señorío,

no me dejes perder lo que he ganado
y decora las aguas de tu río
con hojas de mi otoño enajenado.

Frederico García Lorca

“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase sempre que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. Há um perigo: se reflito demais, deixo de agir. E muitas vezes prova-se depois que eu deveria ter agido. Estou num impasse. Quero melhorar e não sei como. Sob o impacto de um impulso, já fiz bem a algumas pessoas. E, às vezes, ter sido impulsiva me machuca muito. E mais, nem sempre meus impulsos são de boa origem. Vêm, por exemplo, da cólera. Essa cólera às vezes deveria ser desprezada; outras, como me disse uma amiga a meu respeito, são cólera sagrada. Às vezes minha bondade é fraqueza, às vezes ela é benéfica a alguém ou a mim mesma. Às vezes restringir o impulso me anula e me deprime. (muitas vezes)
Que farei então? Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura ainda. Ou nunca serei.”

Clarice Lispector

Empirismo

John Locke: O principal filósofo empirista

O empirismo é uma teoria filosófica que defende o conhecimento da razão, da verdade e das idéias racionais através da experiência. Essa teoria muito desagrada os adeptos da teoria inatista que afirma termos em nossa mente desde o período extra-uterino princípios racionais e idéias verdadeiras.

O empirismo é descrito-caracterizado pelo conhecimento científico, a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das idéias por onde se percebe as coisas, independente de seus objetivos e significados; pela relação de causa-efeito por onde fixamos na mente o que é percebido atribuindo à percepção causas e efeitos; pela autonomia do sujeito que afirma a variação da consciência de acordo com cada momento; pela concepção da razão que não vê diferença entre o espírito e extensão, como propõe o Racionalismo e ainda pela matemática como linguagem que afirma a inexistência de hipóteses.

John Locke é considerado o principal figurante do empirismo. Com sua corrente, denominada Tabula Rasa, afirmou que as pessoas desconhecem tudo, mas que através de tentativas e erros aprendem e conquistam experiência. Sua corrente também originou o behaviorismo que busca o entendimento dos processos mentais internos do homem.

Outros filósofos estão associados ao empirismo como: Aristóteles, Tomás de Aquino, Francis Bacon, Thomas Hobbes, George Berkeley, David Hume e Hohn Stuart Mill. Destes, Francis Bacon e Thomas Hobbes conseguiram influenciar uma geração de filósofos do Reino Unido com o empirismo no século XVII.

Fonte: Mundo Educação » Filosofia » Empirismo


"
David Hume fala em sentimento de solidariedade ou confraternidade que originam qualidades úteis ou agradáveis...
Temperança, sobriedade, paciência, constância, reflexão, presença de espírito, rapidez de pensamento e expressão... Relembra Aristóteles e o valor da prudência, discrição, cautela, iniciativa e discernimento... Os valores estão todos aí e todos nós temos. É preciso apenas compreender e por em prática... " Gabriel Chalita

Fonte: twitter.com/gabriel_chalita

quarta-feira, 14 de abril de 2010

domingo, 11 de abril de 2010

10 Coisas que Fazem as Pessoas Realmente Comprometidas


Quando perguntamos a qualquer empresário, presidente, diretor, gerente, supervisor, chefe, o que ele mais deseja de seus colaboradores, a resposta é imediata: “Gostaria que eles fossem mais comprometidos”.
Quando perguntamos a amigos, professores, pais, filhos, membros de clubes e associações, o que eles mais sentem falta nas pessoas de seu relacionamento, a resposta é a mesma. “Gostaria que as pessoas fossem mais comprometidas”. Mas, afinal, o que é, de fato, “ser uma pessoa comprometida”?

Veja 10 coisas que nos disseram:

1. Uma pessoa comprometida procura sempre colocar-se no lugar das outras; sentir o que as outras sentem;
2. Uma pessoa comprometida faz tudo com atenção aos detalhes. Ela presta atenção em tudo o que faz, no detalhe do detalhe;
3. Uma pessoa comprometida termina o que começa e não deixa as coisas pela metade;
4. Uma pessoa comprometida vem com soluções, e não com mais problemas, quando tem uma tarefa a cumprir;
5. Uma pessoa comprometida pergunta o que não sabe e demonstra vontade de aprender. Vai fundo até dominar o que não sabe e deveria saber;
6. Uma pessoa comprometida cumpre prazos e horários;
7. Uma pessoa comprometida não vive dando desculpas por seus atos e nem procura culpados pelos erros cometidos;
8. Uma pessoa comprometida não vive reclamando da vida e falando mal das pessoas. Ela age para modificar a realidade;
9. Uma pessoa comprometida não desiste facilmente. Ela não descansa enquanto não resolver um problema. Ela vai atrás da solução;
10. Uma pessoa comprometida está sempre pronta a colaborar com as outras. Ela participa. Dá idéias. Você pode contar com ela.

Pense se as pessoas avaliam você como alguém verdadeiramente comprometido.

Comprometa-se! Pense nisso. Sucesso!

Luiz Marins

10 pequenas coisas que fazem uma grande diferença

“Professor, o problema não é de conhecimento. O que falta é berço”, disse-me a empresária ao relatar os problemas que estava enfrentando em relação às pessoas em suas empresas. “São pequenas coisas que deveriam ter sido ensinadas em casa ou na pré-escola”, desabafou. Fizemos uma lista com algumas dicas simples que fariam uma enorme diferença para melhorar o clima de uma empresa:

1. Lembre-se sempre de dizer “com licença”; “por favor” e “obrigado”, mesmo que alguém esteja cumprindo sua obrigação ou seja muito amigo;

2. Fale baixo. Ria baixo. Não seja inconveniente;

3. Use o telefone e a internet somente para assuntos de trabalho. Evite usar esses meios para assuntos particulares;

4. Ao tomar emprestada alguma coisa, nunca se esqueça de devolver e agradecer;

5. Ajude a manter limpo o ambiente de trabalho. Mantenha limpo o sanitário após o uso. Cuidado com copos e xícaras sujas. Jogue os copinhos de café no local apropriado. Arrume sua mesa de trabalho;

6. Respeite a fila. Mesmo que ache desnecessário respeitá-la, porque vai pegar só uma coisa, etc. Não queira parecer esperto;

7. Não fale mal dos outros. Não se envolva em fofocas;

8. Cuidado com as anedotas e brincadeiras pessoais, como apelidos, etc. Cuidado para não ofender as pessoas;

9. Cuide de sua imagem. Vista-se sobriamente. Afinal você está num ambiente de trabalho e não numa festa ou diversão;

10. Controle a sua agressividade. Cuidado com a forma de falar e escrever. Não seja rude.

São coisas simples que farão uma enorme diferença para que o clima de sua empresa favoreça a produtividade e a excelência.
Pense nisso. Sucesso!

Luiz Marins

terça-feira, 6 de abril de 2010


Vai passar, tu sabes que vai passar.
Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana,
um mês ou dois, quem sabe?
O verão está aí, haverá sol quase todos os dias,
e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”.
Pois esse impulso é, às vezes cruel,
porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo,
te empurrará quem sabe para o sol, para o mar,
para uma nova estrada qualquer e, de repente,
no meio de uma frase ou de um movimento
te surpreenderás pensando algo assim como
‘estou contente outra vez’…”

Caio Fernando Abreu
Imagem: m300.photobucket.com/image/dor/karinajachim/goth07.jpg.html?src=www

Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim,
quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente?
Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer,
lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia —
qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir,
mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada,
e que esse nada seja áspero como um tempo perdido”

Caio Fernando Abreu

domingo, 4 de abril de 2010

VAIDADE


Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!

E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...E não sou nada!...

Florbela Espanca

A Obsessão por Colecionar


O mundo tá transbordando de colecionadores. Temos uma grande obsessão por colecionar algumas coisas como caixinhas, corujas, caixas de fósforos, santos, copos de chope, bonequinhas, latas de cervejas, copos e talheres com o logotipo de hotéis, moedas antigas, relógios, selos, chaveiros, rolhas de vinho e até - assisti na televisão - um maluco que coleciona urinóis. O negócio não acaba nunca; somos obstinados e enlouquecidos por garimpar as coisas que queremos. É um vício. E conforme o bolso e o gosto do freguês a brincadeira sai cara. A extravagância tem seu preço.

Lembro que tudo começou com aqueles álbuns de figurinhas, lá na minha infância. O problema fica dramático quando certas fulanas resolvem colecionar bolsas e sapatos de grifes.

Enquanto a tal da coleção for baratinha, só temos de enfrentar a chatice de em todas as datas recebermos a mesma droga. A coisa mais fácil que existe é presentear um colecionador: não precisamos andar quilômetros e nem pensar: 'vai lá e compra a cosa que ele vai ficar feliz'!

Eu também colecionava. O meu 'negócio' era coruja! Que coisa horrorosa. Certo dia, fiquei olhando para minhas trezentas corujas, e todas com as mesmas caras! Eu não acreditava: levaram anos me dando corujas nos natais, aniversários, páscoas... Putz.

Certo dia, aproveitei pra ter um ataque: o que faria com aqueles bichos? Quantas prateleiras eu teria de comprar? Quantas paredes teriam de ser furadas? E resolvi dar um sumiço; fui presenteando; passei a batata quente adiante. Porém, para meu desespero ainda não estava curada, e comecei a colecionar caixinhas! Foram algumas caixinhas. Vieram caixinhas no Natal, na Páscoa, no meu aniversário... Dezenas de caixinhas! Criei, novamente, trauma de caixinhas, caixas e caixões.

Tenho uma amiga que resolveu colecionar 'santos': conseguiu fazer um santuário no seu apartamento. Virgem Maria... A sensação que se tem é que o mundo vai acabar. Lembro, também, de minha mãe com seus 1300 chaveiros! Lembro de seu drama para conseguir se desfazer daquela tralha toda. Acho que era doença de família. Foram anos perdidos à procura de chaveiros.

Por que será que temos a síndrome de colecionar? Acho que essa resposta só poderia ser dada por um psicoterapeuta, mas penso que seja para suprir algo, alguma carência, sei lá.

Esta crônica nasceu após eu ouvir a narrativa de um cidadão americano que colecionava carros: tinha 26 carros! Não eram carrinhos de prateleira. Eram carros, gente. Mas caiu em si, lembrou do conselho de seu pai para que simplificasse a vida. E, num ato de bravura, vendeu todos os carros e foi viajar com a família por 1 ano.

Então fico a pensar nos enfeites que guardamos: não deixa de ser outro amontoado de inutilidades. Compramos mais armários pra guardar mais coisas. É uma loucura. Não suporto mais enfeites, o melhor é enfeitarmos a vida, enchermos nossa mesa de amigos, nossas prateleiras de livros; de filmes, de CDs, enchermos nossos sofás de almofadas e descansar vendo um filme.

No fundo, tudo é pequeno demais: talvez, colecionar sentimentos, amizades e companheirismo seja um grande negócio, não ocupam nossas gavetas e não entulham os armários. E a casa fica limpinha e espaçosa. Direcionar nossa energia para algo que dê mais retorno.

Tais Luso de Carvalho
Fonte: taisluso.blogspot.com/2010/03/obsessao-por-colecionar.html
Imagem: img454.imageshack.us/i/chaveirinho4ib.jpg/

Eu coleciono relógios da 25 de março, mas uso todos, cada cor combinando com uma roupa!
Mas os CDs foram passados para MP3, quase dizimados!
Os VHS
foram substituídos aos poucos pelos DVDs e só restaram alguns, mas isso é departamento do marido...
As fotos digitalizadas.
Os livros doados.
E tudo o que pode ser colecionável: papéis, potes de vidros ou plásticos, embalagens... é colocado no reciclável.
Aqui o lema é: mais de dois, doa!
Mas... como o espírito de colecionador protesta... tenho uma saída: posso colecionar "coisas" no computador: não junta poeira, não ocupa espaço, não custa nada... E volta e meia dá uma pane e perco tudo, daí recomeço do zero!

Confronto


Bateu Amor à porta da Loucura.
"Deixa-me entrar - pediu - sou teu irmão.
Só tu me limparás da lama escura
a que me conduziu minha paixão."

A Loucura desdenha recebê-lo,
sabendo quanto Amor vive de engano,
mas estarrece de surpresa ao vê-lo,
de humano que era, assim tão inumano.

E exclama: "Entra correndo, o pouso é teu.
Mais que ninguém mereces habitar
minha casa infernal, feita de breu,

enquanto me retiro, sem destino,
pois não sei de mais triste desatino
que este mal sem perdão, o mal de amar."

Carlos Drummond de Andrade
Imagem: Psiquê e Eros, de Antonio Canova (1757-1822)

Retorno


Meu ser em mim palpita como fora
do chumbo da atmosfera constritora.
Meu ser palpita em mim tal qual se fora
a mesma hora de abril, tornada agora.

Que face antiga já se não descora
lendo a efígie do corvo na da aurora?
Que aura mansa e feliz dança e redoura
meu existir, de morte imorredoura?

Sou eu nos meus vinte aons de lavoura
de sucos agressivos, que elabora
uma alquimia severa, a cada hora.

Sou eu ardendo em mim, sou eu embora
não me conheça mais na minha flora
que, fauna, me devora quanto é pura.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 3 de abril de 2010

Por Decoro



Quando me esperas, palpitando amores,
E os grossos lábios úmidos me estendes,

E do teu corpo cálido desprendes

Desconhecido olor de estranhas flores;


Quando, toda suspiros e fervores,
Nesta prisão de músculos te prendes,

E aos meus beijos de sátiro te rendes,

Furtando as rosas as púrpureas cores;


Os olhos teus, inexpressivamente,
Entrefechados, lânguidos, tranquilos,

Olham, meu doce amor, de tal maneira,

Que, se olhassem assim, publicamente,
Deveria, perdoa-me, cobri-los
Uma discreta folha de parreira.

Artur Azevedo

Intimidade


Quando, sorrindo, vais passando, e toda
Essa gente te mira cobiçosa,
És bela - e se te não comparo à rosa,
É que a rosa, bem vês, passou de moda...

Anda-me às vezes a cabeca à roda,
Atrás de ti também, flor caprichosa!
Nem pode haver, na multidão ruidosa,
Coisa mais linda, mais absurda e doida.

Mas é na intimidade e no segredo,
Quando tu coras e sorris a medo,
Que me apraz ver-te e que te adoro, flor!

E não te quero nunca tanto (ouve isto)
Como quando por ti, por mim, por Cristo,
Juras - mentindo - que me tens amor...

Antero de Quental

Ó páginas da vida que eu amava,
Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado!...
Ardei, lembranças doces do passado!
Quero rir-me de tudo que eu amava!

E que doido que eu fui! como eu pensava
Em mão, amor de irmã! em sossegado
Adormecer na vida acalentado
Pelos lábios que eu tímido beijava!

Embora - é meu destino. Em treva densa
Dentro do peito a existência finda...
Pressinto a morte na fatal doença!...

A mim a solidão da noite infinda!
Possa dormir o trovador sem crença...
Perdoa, minha mão - eu te amo ainda!

Álvares de Azevedo

"É outono, desprende-te de mim.
Solta-me os cabelos, potros indomáveis
Sem nenhuma melancolia,
Sem encontros marcados,
Sem cartas a responder.

Deixa-me o braço direito
O mais ardente dos meus braços,
O mais azul
O mais feito para voar.

Devolve-me o rosto de um verão
Sem a febre de tantos lábios,
Sem nenhum rumor de lágrimas
Nas pálperas acessas.

Deixa-me só, vegetal e só,
Correndo como rio de folhas
Para a noite onde a mais bela aventura
Se escreve exactamente sem nenhuma letra."


Eugénio de Andrade

Às seis da tarde
as mulheres choravam
no banheiro.
Não choravam por isso
ou por aquilo
choravam porque o pranto subia
garganta acima
mesmo se os filhos cresciam
com boa saúde
se havia comida no fogo
e se o marido lhes dava
do bom
e do melhor
choravam porque no céu
além do basculante
o dia se punha
porque uma ânsia
uma dor
uma gastura
era só o que sobrava
dos seus sonhos.
Agora
às seis da tarde
as mulheres regressam do trabalho
o dia se põe
os filhos crescem
o fogo espera
e elas não podem
não querem
chorar na condução

Marina Colasanti

Feliz Páscoa - Pe. Zezinho