segunda-feira, 31 de março de 2008

As Paredes Caem...

E é só assim que crescemos e amadurecemos. Nada do que construímos é definitivo, nem mesmo a nossa personalidade. Tudo está o tempo todo se transformando, tudo é impermanente. Quanto mais nos recusamos a mudar, mais sofrido é o aprendizado. Crescer sem se apegar demais ao que se construiu ou ao que se aprendeu. Permitir-se conhecer o novo, o diferente, o inusitado.
Permitir-se conhecer-se de um novo ponto de vista, reconhecer que quer mudar e que o que tem até aqui já não lhe basta. Descobrir conhecimentos a respeito da vida e de si mesmo. E isso traz um imenso prazer, novas perspectivas e novos cenários. Mais cedo ou mais tarde, todos descobrimos em nós mesmos características que nos desagradam. Cabe a nós mudar isso, sem nos sentirmos culpados ou inferiores por este ou aquele defeito. Tudo o que somos é parte de nós, do nosso aprendizado, e precisa estar exatamente onde está para que possamos transcendê-lo. Somente ao percebermos e aceitarmos os nossos defeitos, e tentarmos TRANSFORMÁ-LOS é que, de fato, começamos a superá-los.TRANSFORMÁ-LOS e não ELIMINÁ-LOS, porque eles são parte da nossa consciência e não podem ser retirados, apenas mudados, trabalhados, superados e transformados em algo melhor, sempre.

Texto recebido por e-mail da amiga Sandra
Imagem http://gallery.oziosi.org/d/3324-1/face.jpg

quinta-feira, 27 de março de 2008

"Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é um processo de ver-se.

Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança.

O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja.

Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fôsse. A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito.

Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto. Na hora em que forem embora as suas utilidades, você saberá o quanto é amado!

Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz!

O convite da vida cristã é esse: que você possa ser mais do que você faz! ”

Padre Fábio de Melo

HOJE É TEMPO DE SER FELIZ!


A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.

Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existencia as mais diversas formas de sementes.

Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós,será plantação que poderá ser vista de longe...

Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"

Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.

Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos!

Infelicidade, talvez seja o contrário.

O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã!

Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.

Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores...

Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.

Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam...

Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem...

Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena...

Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade...

Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.

Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.

Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.

Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.

Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...

A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..."

Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.

Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.

Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)
Padre Fábio de Melo
A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando nós descobrimos que estamos sendo, não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos.
Geralmente quando começamos a viver muito em torno do que o outro gostaria que a nós fôssemos, é que nós estamos muito mais preocupados com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos.
O que me seduz em Jesus é quando eu descubro que nEle havia uma capacidade imensa de olhar dentro dos olhos e fazer que aquele que era olhado reconhecer-se plenamente e olhar-se com sinceridade.
Durante muito tempo eu fiquei preocupado com o que os outros achavam ao meu respeito. Mas hoje, o que os outros acham de mim muito pouco me importa [a não ser que sejam pessoas que me amam], porque a minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito.


Pe. Fábio de Melo

UMA QUESTÃO DE ESCOLHA

O coração anda no compasso que pode.
Amores não sabem esperar o dia amanhecer. O exemplo é simples. O filho que chora tem a certeza de que a mãe velará seu sono. A vida é pequena, mas tão grande nestes espaços que aos cuidados pertencem. Joelhos esfolados são representações das dores do mundo. A mãe sabe disso. O filho, não. Aprenderá mais tarde, quando pela força do tempo que nos leva, ele precisará cuidar dos joelhos dos seus pequenos.
O ciclo da história nos direciona para que não nos percamos das funções. São as regras da vida. E o melhor é obedecê-las.
Tenho pensado muito no valor dos pequenos gestos e suas repercussões.

Não há mágica que possa nos salvar do absurdo. O jeito é descobrir esta migalha de vida que sob as realidades insiste em permanecer. São exercícios simples...
Retire a poeira de um móvel e o mundo ficará mais limpo por causa de você. É sensato pensar assim.

Destrua o poder de uma calúnia, vedando a boca que tem ânsia de dizer o que a cabeça ainda não sabe, e alguém deixará de sofrer por causa de seu silêncio.
Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma.

Preconceitos são filhos de nossos olhares apressados. O melhor é ir devagar.
Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que que escolhemos dizer.

É simples...

Padre Fábio de Melo

segunda-feira, 24 de março de 2008

PÉTALAS DE AMOR

Amo-te numa folha inteira de papel. Que fazer das palavras que restam nos meus dedos? Talvez as devolva, um dia, quem sabe, à tua pele. Agora eu amo-te. Sei que não virás. Mas gosto de pensar o teu sorriso claro, a frescura do teu rosto, o brilho silencioso dos teus olhos. Esse rosto que me enche o peito de palavras renovadas. E escrevo. Súbita e descuidada, torres de palavras. As palavras com que te amo. Palavras de todas as cores. Palavras doces e amargas, duras e profundas. Palavras quentes, macias. Palavras ao acaso, frias, sem disfarce. Ao sabor da hora. À beira do ciúme. Ao lado da saudade. A transbordar de ternura. Mas também te amo com as mãos. As mesmas com que te disse Adeus. Estas mãos mansas de sede, e doidas, soltas, vadias. Mãos que escondem, prometem, recusam. Mãos que se fecham à porta dos teus dias. Mãos que te dou fechadas, vazias. São estas as mãos que te amam. Estão de costas para o mar. Porque foi o mar que te levou. Às vezes, elas entram pela janela e dizem: AMO-TE! Mas eu deito-as ao vento. Ao nó dos segredos onde anoitece. Onde o tempo começa a contar. E eu fico com as minhas mãos verdadeiras cheia de flores por dentro. Penso nos beijos. Também te amo com beijos. Intensos e molhados. Como os meus olhos. Sim. Também te amo com os olhos. Amo-te com beijos e olhos. Às vezes verdes como o mar, outras, azuis como o céu. Por isso o meu amor é como o mar. Manso e revolto. Fiel e traiçoeiro. Salgado e frio. Mas também é quente e doce e infinito. Porque o Sol está aceso e apaixonado. É bom amar-te com beijos e olhos. Palavras e mãos. Mas os olhos... estes meus olhos onde os pássaros desbravam o céu e as estrelas adormecem a manhã. É com estes olhos que eu te amo. Que eu penso em ti. Que eu chamo e choro por ti. Os meus olhos têm lagos e rios. Mares e oceanos. E sabem o segredo das marés. Amo-te com beijos e relâmpagos. E corais, e búzios e conchas e areias e algas. Amo o teu nome porque te chamo mar. Amo-te porque escorres sal no meu peito e constróis castelos de areia no meu ventre e enfeitas os meus cabelos com grãos de areia onde bate o Sol. Amo-te e respiro-te na praia do meu corpo. Quente. Inteiro. Secreto. Intenso. E guardo o teu sabor. Guardo o teu cheiro. Dentro da minha pele. Não sei onde eu começo e tu acabas. Em cada esquina de mim está o teu rastro. Um beijo solto no meu céu de boca. A tua mão molhada encostada ao meu peito. Deixaste marcas e vícios. Sinais por onde o tempo não passa. Amo-te simplesmente. E demoro-me neste amor que te dou. Gota de água. Semente de linho. Trigo em flor. Papoila. Girassol. São estas as pequenas palavras com que te amo. Gasto-as todos os dias a amar-te. E todos os dias elas renascem porque te amo. Tu e as palavras enchem de pétalas os meus dias. E eu desfolho-as uma a uma docemente. Adivinho os teus beijos em cada uma delas. O meu amor é mágico. Acende-se no lume das minhas palavras. O teu amor queima com cinco pontas de lume. Amo-te em fogo e são de chama os nomes que te chamo. Por isso adormeço em ti quando tenho frio. E sonho. Se eu fosse dona do tempo mandava-o parar quando sonho contigo. Ou quando te amo. Como agora. Porque nada mais faz sentido depois de ti.

Amo-te com a Alma. É com a minha Alma que te amo mais.

Encontro-te dentro de mim. Sempre.

Porque o teu amor conhece o lugar do meu silêncio.

Amo-te!



Texto retirado do blog petalasdocoracao.spaces.live.com

"Folhas de Rosa "



Todas as prendas que me deste, um dia,
Guardei-as, meu encanto, quase a medo,
E quando a noite espreita o pôr-do-sol,
Eu vou falar com elas em segredo ...

E falo-lhes damores e de ilusões,
Choro e rio com elas, mansamente...
Pouco a pouco o perfume do outrora
Flutua em volta delas, docemente ...

Pelo copinho de cristal e prata
Bebo uma saudade estranha e vaga,
Uma saudade imensa e infinita
Que, triste, me deslumbra e membriaga

O espelho de prata cinzelada,
A doce oferta que eu amava tanto,
Que reflectia outrora tantos risos,
E agora reflecte apenas pranto,

E o colar de pedras preciosas,
De lágrimas e estrelas constelado,
Resumem em seus brilhos o que tenho
De vago e de feliz no meu passado...

Mas de todas as prendas, a mais rara,
Aquela que mals fala à fantasia,
São as folhas daquela rosa branca
Que a meus pés desfolhaste, aquele dia...


Florbela Espanca

domingo, 23 de março de 2008

PAULO LEMINSKI...

A lua no cinema

A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
_____a história de uma estrela
que não tinha namorado.

_____Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
_____dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!

_____Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
_____e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.

_____A lua ficou tão triste
com aquela história de amor
_____que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!


Estupor

esse súbito não ter
esse estúpido querer
que me leva a duvidar
quando eu devia crer

esse sentir-se cair
quando não existe lugar
aonde se possa ir

esse pegar ou largar
essa poesia vulgar
que não me deixa mentir

terça-feira, 18 de março de 2008

O VAZIO

O vazio é fundamental para abrigar o todo.
São extremos da mesma polaridade: O todo e o nada.
Entre as falas existe o silêncio, o vazio que precede a voz.
Entre as palavras, é preciso o vazio para dar sentido à frase.
Numa página, é preciso espaço entre uma linha e outra, para dar forma ao texto e muitas vezes nas entrelinhas é que se encontra o verdadeiro significado, a alma da mensagem.
Entre os astros do universo há um imenso vazio envolvendo-os e permitindo que as forças gravitacionais ajam de uns sobre os outros e constituam a harmonia universal. Em um único átomo é preciso o vazio para que o movimento das partículas constituam a matéria. É imprescindível o espaço para que a matéria possa realizar-se.
Entre os pensamentos que se sucedem aleatórios na nossa cabeça, há o espaço vago, quase imperceptível, mas que traz paz profunda e alegria autêntica. É esse vago que precisamos descobrir em nós. Ao acessá-lo encontramos a consciência suprema, acima da mente, do pensamento. É nesse vazio que age a essência da energia universal, o indivisível vínculo que une tudo e constitui o todo.
Seja paz, acesse o vazio, o silêncio que alinha o humano ao universo e viva a intensidade do momento presente com a bênção suprema da vida acontecendo a proteger-lhe.
Seja consciência.

Texto recebido por e-mail da amiga Sandra.

domingo, 9 de março de 2008

CONVITE

Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério

A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.


Lya Luft

SELEÇÃO CORA CORALINA



ASSIM EU VEJO A VIDA

A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.


SABER VIVER

Não sei... se a vida é curta...

Não sei...
Não sei...

se a vida é curta
ou longa demais para nós.

Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.


HUMILDADE

Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.

Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.

Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.

Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha


Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus barcos...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

Florbela Espanca

Vem pra mim!



Quero que chegue de mansinho...
Apenas me olhe e me abrace.
Quero sentir o seu perfume,
sentir suas mãos macias
percorrendo o meu corpo,
me arrepiando de prazer.

Quero que me dê um longo beijo,
um beijo molhado e apaixonado!
Quero sentir o calor do seu corpo,
me enroscar nos seus braços
e me perder nos seus abraços,
sentir no meu ouvido
sua respiração ofegante.

Vem pra mim!
Faça-me sua menina,
sua amante, sua mulher...
Serei o que você quiser,
dengosa, calma, amorosa e
se quiser, posso ser ardente,
atrevida, selvagem e fogosa.

Vem pra mim!
Quero desvendar os mistérios do seu corpo,
descobrir todos os seus segredos,
anseios e desejos.
Quero embriagar-te de amor
e ouvir todos os seus gemidos e sussurros.
Depois quero desfalecer de prazer,
ambos unidos na mesma emoção.
Vem para mim!


Ana Amélia Donádio