domingo, 12 de julho de 2009

MENTIR

Mentira é uma declaração feita por alguém que acredita ou suspeita que ela seja falsa, na expectativa de que os ouvintes ou leitores possam acreditar nela. Portanto uma declaração verdadeira pode ser uma mentira se o falante acredita que ela seja falsa; e histórias de ficção, embora falsas, não são mentiras. Dependendo das definições, uma mentira pode ser uma declaração falsa genuína ou uma verdade seletiva, uma mentira por omissão, ou mesmo a verdade <---) se a intenção é enganar ou causar uma ação que não é do interesse do ouvinte. “Mentir” é contar uma mentira. Uma pessoa que conta uma mentira, em especial uma pessoa que conta mentiras com freqüência, é um “mentiroso”. Mentir de uma maneira que piore um conflito em vez de diminuí-lo, ou que se vise tirar proveito deste conflito, é normalmente considerado como algo antiético. Um “mentiroso” é uma pessoa que conta mentiras, independente da mentira vir a ser descoberta ou não. Contudo, é a gravidade das conseqüências geradas pela mentira que diferenciará a tolerância da sociedade ao mentiroso. Existem pessoas que afirmam que é com freqüência mais fácil fazer as pessoas acreditarem numa Grande Mentira dita muitas vezes, do que numa pequena verdade dita apenas uma vez.
Etiqueta da mentira
A etiqueta é bastante preocupada com as questões da mentira, atribuição da culpa e hipocrisia – coisas que com freqüência são menosprezadas na ética mas de grande utilidade na sociedade:

As mentiras podem ser divididas em classes – ofensivas ou mal intencionadas, inofensivas e jocosas, do qual apenas a primeira classe é séria .Há alguns tipos de mentiras que são consideradas aceitáveis, desejáveis, ou mesmo obrigatórias, devido a convenção social. Tipos de mentiras convencionais incluem:

. uso de eufemismos para evitar a menção explícita de algo desagradável;
. perguntas insinceras sobre a saúde de uma pessoa pouco conhecida;
. afirmação de boa saúde em resposta a uma pergunta insincera (os inquiridores com freqüência ficam bastante desconcertados por qualquer outra coisa que não a resposta positiva mais breve possível);
. desculpas para evitar ou encerrar um encontro social indesejado;
. garantia de que um encontro social é desejado ou foi agradável;
. dizer a uma pessoa moribunda o que quer que ela queira ouvir;
. supressão de uma quebra de tabu.

Psicologia da mentira
A capacidade dos hominídeos de mentir é percebida cedo e quase universalmente no desenvolvimento humano e estudos de linguagem com pongídeos. Uma famosa mentira do último grupo foi quando Koko a gorila, confrontada por seus treinadores depois de uma explosão de raiva no qual ela arrancou uma pia de aço do lugar onde ela estava presa, sinalizou na Linguagem de Sinais Americana, "o gato fez isso," apontando para seu pequeno gato. Não está claro se isso foi uma piada ou uma tentativa genuína de culpar seu pequeno bicho de estimação.

A psicologia evolucionária está preocupada com a teoria da mente que as pessoas empregam para simular a reação de outra a sua história e determinar se uma mentira será verossímil. O marco mais comumente citado na ascensão disso, o que é conhecido como inteligência maquiavélica, ocorre na idade humana de cerca de quatro anos e meio, quando as crianças começam a ser capazes de mentir de maneira convincente. Antes disso, elas parecem ser incapazes de compreender que todo mundo não tem a mesma visão dos eventos que elas têm – e parecem presumir que há apenas um ponto de vista —o seu próprio — que precisa ser integrado a qualquer história.

Mentiras e confiança
Uma razão para que a mentira possa persistir como uma estratégia em ambientes sociais é que não é a comparação dos fatos contra alguma noção de verdade, mas em vez disso, a avaliação de se uma traição da confiança aconteceu ou não, que determina a resposta a uma mentira.


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