domingo, 18 de julho de 2010

O Canto dos Vivos


Desejo essa imortalidade,
resistente em cada lenda.
O sigilo denso das florestas.
O índio e sua tenda.

Procuro a força do bem,
para anular meu próprio mal.
A espada justiceira de um Anjo,
Um pacto celestial.

Preciso saber do mundo,
ver além dessa janela.
Sentir o fogo de um vulcão,
cauterizando a terra.

Eu quero esquecer de vez,
toda e qualquer solidão.
Dar adeus a tudo isso,
desligar a televisão.

Desejo ver algo novo,
ter um segredo diferente.
Algum amor ou ilusão,
um mistério envolvente.

Quero ir a qualquer canto,
chegar ao meu lugar.
Conhecer os contornos das trilhas,
sem tanta pressa de voltar.

Preciso ser o que sou,
algo vivo, homem desperto.
porque preciso urgentemente,
pelo meu sonho ser liberto.

Márcia Alves de Nazaré

D.N.A poesia

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